Noticias das Obras Missionarias Pontifícias
Pontifícias
Obras Missionárias: Carisma e Actualidade
1. Finalidade – Função
Trata-se de uma introdução
geral à realidade das Pontifícias Obras Missionárias (POM), nos seus quatro
sectores: Obra da Propagação da Fé, Obra da Santa Infância (Infância e Adolescência
Missionária), Obra de São Pedro Apóstolo e a Pontifícia União Missionária. A
função das POM no fomento de uma consciência missionária universal, na promoção
de vocações missionárias e na colecta de fundos para apoiar as Missões em todo o
mundo (cf. Decreto Conciliar Ad Gentes, 38). Discorre em seguida sobre os
elementos comuns a todas as Obras.
2. POM: nascidas para responsabilidade e
participação dos fiéis na Missão universal
Após a primeira
evangelização da época dos Apóstolos, a Missão "ad gentes", de
primeiro anúncio do Evangelho a povos pagãos, acabou ficando em segundo plano,
por vários motivos. Depois, a partir do século 15, sobretudo, renasce o
interesse pela Missão, mas só para "qualificados". Hoje temos
consciência de que a Missão é urgente em nossos dias, e dever de todo baptizado.
2.1. Pontifícia Obra da Propagação da Fé
O autor lembra que a Obra
da Propagação da Fé "nasce do pedido de cooperação por parte do Instituto
das Missões Estrangeiras de Paris, que já tinha as suas Missões no
Oriente" e que, "desde o princípio, teve a seguinte característica: a
universalidade." Iniciada por Pauline Jaricot, em Lyon (França), em 1822,
tendo como mote Todos os Fiéis para Todos os Infiéis, "exortava todos os
fiéis a assumir um compromisso improrrogável: a Igreja é e deve ser
missionária".
Em 1826 teve início o entrelaçamento dos vínculos desta Obra e a Congregação "de Propaganda Fide" (actual Congregação para a Evangelização dos Povos), que sucessivamente a quis assumir como própria, atribuindo-lhe o título de Pontifícia (Pio XI, em 1922).
Em 1826 teve início o entrelaçamento dos vínculos desta Obra e a Congregação "de Propaganda Fide" (actual Congregação para a Evangelização dos Povos), que sucessivamente a quis assumir como própria, atribuindo-lhe o título de Pontifícia (Pio XI, em 1922).
2.2. Pontifícia Obra da Santa Infância (Infância e
Adolescência Missionária)
Em 1843, o bispo da Diocese
de Nancy (França), dom Charles Auguste de Forbin-Janson, depois de uma viagem
missionária, primeiro às Índias, e em seguida aos EUA e ao Canadá, tomou a
peito a luta contra o infanticídio, praticado sistematicamente em alguns
países. Procurou ajuda a fim de assegurar o Batismo às crianças, mas também
para serem recebidas e hospedadas em orfanatos, dispensários e escolas, sem nenhuma
discriminação. O bispo estava consciente de que as próprias crianças podem
fazer algo, ajudando-se reciprocamente e, após o encontro com Jaricot, em 1842,
viu confirmada a sua intuição: "Salvar as crianças por meio das próprias
crianças."
2.3. Pontifícia Obra de São Pedro Apóstolo
Dom Cousin, vigário
apostólico de Nagasaki (Japão), a partir da dificuldade que encontrou com os
japoneses no seu trabalho de evangelização, amadureceu a ideia da grande
necessidade de incrementar e formar o clero local. Por este motivo, era preciso
construir seminários e encontrar pessoas e meios para destinar à formação
cultural e espiritual.
Assim, expôs esta sua decisão numa carta de 1º de junho de 1889, dirigida à viúva dona Stephanie Cottin Bigard, e a sua filha Jeanne, de Caen (França), esperando encontrar uma sólida cooperação para o seu projecto. Este convite foi bem acolhido: as senhoras Bigard lançaram imediatamente mãos à obra, em vista de angariar fundos.
Em 1922, juntamente com a Obra da Propagação da Fé, esta Obra foi assumida pela Igreja universal, tornando-se Pontifícia.
Assim, expôs esta sua decisão numa carta de 1º de junho de 1889, dirigida à viúva dona Stephanie Cottin Bigard, e a sua filha Jeanne, de Caen (França), esperando encontrar uma sólida cooperação para o seu projecto. Este convite foi bem acolhido: as senhoras Bigard lançaram imediatamente mãos à obra, em vista de angariar fundos.
Em 1922, juntamente com a Obra da Propagação da Fé, esta Obra foi assumida pela Igreja universal, tornando-se Pontifícia.
2.4. Pontifícia União Missionária
Não obstante este movimento
de cooperação universal para a Missão "ad gentes", também a actividade
missionária ainda permanecia às margens da preocupação e da ocupação da Igreja.
Para o padre Manna, um missionário do Instituto das Missões Estrangeiras (Pime)
a situação parecia anormal. Ele estava persuadido de que, enquanto os
sacerdotes e os bispos não tivessem sido convertidos para a ideia missionária,
não haveria grande progresso na cooperação missionária, e as Missões
permaneceriam um fato confiado unicamente àquele pequeno grupo de missionários,
absolutamente insuficientes para a Missão universal da Igreja. Esta união devia
ser "uma escola de educadores ao serviço apostólico, vivida em chave
universalista".
Em 1916, a instituição foi
aprovada pelo papa Bento XV. No arco de poucos anos, a Obra já se tinha
difundido quase no mundo inteiro. Com o transcorrer do tempo, a associação foi
ampliada também aos religiosos e às religiosas. Tornou-se Pontifícia em 1956
(Pio XII), quando completava 40 anos de fundação.
São estas as Pontifícias
Obras Missionárias. Suscitadas pelo Espírito no seio do Povo de Deus e pela
resposta generosa de algumas mulheres, leigos e bispos, nela desempenharam
papel preponderante os leigos que, sob a acção do Espírito Santo, informados
pela situação das Missões e das miseráveis condições de vida de uma boa parte
da humanidade, organizaram-se para responder ao pedido de ajuda que se fazia,
de modo a contribuir para a difusão do Evangelho e para aliviar os sofrimentos
de numerosos irmãos e irmãs do mundo inteiro.
O papa Paulo VI, na sua
Mensagem para o Dia Mundial das Missões de 1974, disse, a respeito das POM:
"Se elas não existissem, seria necessário criá-las!"
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