Obra da Santa Infância Missionária
![]() |
Visita ao Lar Kuzola - Bakhita |
Obra da Santa Infância
Missionária
«História»
As
notícias vindas dos missionários do Oriente, de modo especial da China, sobre a
dura realidade das crianças (mortalidade, abandono...) sensibilizou o coração
de Dom Carlos Augusto Maria José de Forbin-Janson, Bispo de Nancy e Toul,
Primaz da Lorena (França), despertando-lhe o desejo de aliviar o sofrimento e
salvar vida de tantos inocentes. Teve, então, a ideia de convocar as próprias
crianças a enfrentar o desafio – “Crianças
ajudam e Evangelizam crianças”, fundando, assim, a Obra da Santa Infância,
no dia 19 de Maio de 1843, em París (França), hoje mais conhecida como Infância
e Adolescência Missionária ou simplesmente Infância Missionária.
A
intuição de Dom Carlos foi de “criar um movimento de crianças cristãs para
ajudar cianças pagãs. Sua finalidade consistia em salvá-las, sobretudo, pelo
Baptismo, e educá-las de um modo cristão; tudo isto deveria ser o fruto de uma
caridade apostólica e solidária, num espírito missionário, com o compromisso de
rezar uma Ave-Maria por dia e oferecer um dinheiro por mês.
A
Obra defundiu-se imediatamente nas Dioceses da França e em outros países da
Europa e América. Em 1844, um ano depois, quando Dom Carlos é levado para junto
do Pai Celestial, a Obra já estava organizada em 65 dioceses.
Em
1922, o Papa Pio XI declarou-a Pontifícia, isto é, do Papa – e, portanto, de
toda Igreja - , juntamente com Obra da Propagação da fé e a Obra de São Pedro
Apóstolo, constituindo com elas as Pontifícias Obras Missionárias. Em 1956,
junta-se a elas, também, a União Missionária, tornada Pontifícia pelo Papa Pio
XII. Em 1993, na comemoração dos 150 de sua fundação, da Santa Infância, a sua
“chama ainda fumegante” adquiriu novo
ardor, como “fruto novo no coração da
Igreja”. Actualmente, a Infância Missionária, está presente em mais de 150
Países.
«A
Infância; primeira fase de nossa vida»
Todas
as pessoas passam pela a Infância. Também Jesus viveu esta fase da vida de
forma admirável. E Ele “ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de
Deus e dos homens”. (Lucas 2, 52)
Jesus
quis ser criança, foi adolescente e depois jovem. Também nós crescemos, como
Jesus, “crescemos em sabedoria, tamanho e
graça diante de Deus e dos homens”. Na família, na Igreja, na escola, com
os amigos... Somos parte da sociedade. Somos capazes de expressar ao mundo o
amor que aprendemos com nossos pais e trazer nossos amigos para viverem esta
experiência de seguidores de Cristo. Como crianças, somos expressão concreta do
amor de Deus e, por isto, abraçamos-nos as mãos, cantamos, sorrimos, e
louvamos. Assim vivemos a simplicidade, a fraternidade e a solidariedade.
Também como crianças, temos responsabilidades e assumiremos compromissos.
Queremos crescer, aprender a partilhar e ajudar outras pessoas a serem
solidárias, e, a encontrar Jesus que está perto de cada um. Deste modo
anunciamos Jesus às outras crianças.
«Qual é a sua finalidade?»
Tem
por finalidade, suscitar o interece pelas crianças e o Espírito Missionário nas
crianças, desenvolvendo-lhes o protagonismo na solidariedade e na
evangelização, e, por meio delas, em todo povo de Deus: “Crianças ajudam e Evangelizam Crianças”. São crianças e
adolescentes em favor das outras crianças e adolescentes.
Tomando
como espelho a vida de Cristo e de seus discípulos, a Infância Missionária tem em
Maria, mãe de Jesus, uma fiel testemunha da autêntica acção evangelizadora.
Inspira-se também em São Francisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus,
Padroeiros das Missões. Ambos viveram ardentemente o carisma missionário
universal, doando suas vidas pelo anuncio do Evangelho: “Pertencer a Infância Missionária, mais que um grupo, é um compromisso
muito sério (uma nova família)”
«O carisma»
Por
ocasião da comemoração dos 160 anos de fundação da Obra, o Papa João Paulo II,
na citada mensagem publicada em 6 de Janeiro de 2003, fornece critérios à luz
dos quais a Infância Missionária deve orientar-se e avaliar sua caminhada:
“A
Infância Missionária, propõe as crianças de todas as dioceses do mundo um
programa baseada na oração, no sacrifício e em gestos de solidariedade concreta; assim, elas
podem tornar-se evangelizadoras das outras crianças.
Ø Queridas
Crianças missionárias, sei com que dedicação e generosidade vocês procuram
levar adiante esta Obra apostólica. Vocês se formam de muitas formas para
partilhar o destino das crianças obrigadas a trabalhar antes do tempo, e
socorrer os mais pobres em suas necessidades.
Sejam solidárias com os anseios e as
dramáticas situações das crianças envolvidas nas guerras dos adultos, crianças
estas que, frequentemente, são vítimas da violência
Sem comentários